segunda-feira, fevereiro 05, 2007

press release.

NOTAS DISPERSAS
2003/2004


  • "Vou A Tua Casa é uma proposta performativa em que o actor espera intervir na realidade quotidiana em que as pessoas vivem. A ideia de trabalhar na intimidade, levar alguma coisa a casa de alguém. Isto prende-se com o pressuposto de que cada casa onde o actor irá intrometer-se dirá muito sobre a personalidade da(s) pessoa(s) que nela habita(m). (...) O actor não leva um produto, ele é o próprio produto; como se ele fosse bidimensional e estivesse colado à força à realidade das pessoas." [Maria Sousa Veloso, Euronotícias, 25 de Julho de 2003]

  • “'É como se fosse a encomenda de um retrato, uma obra que assino e dou às pessoas'. (...) O actor considera estar a aprender a lidar com o inesperado e a questionar as noções de palco e plateia. (...) Os textos falam sobre a importância do amor na intimidade e o actor adapta-os aos lugares e às pessoas que visita. 'Gosto de explorar a arquitectura de cada lugar e o modo como cada pessoa ocupa o espaço e se coloca perante a peça'. O primeiro impacto, quando entra numa casa, é o momento mais importante: 'É aí que ganho consciência das ferramentas que posso usar e da disponibilidade das pessoas'. (...) “Não tenho qualquer intenção de provocar as pessoas. Quero que se sintam livres para fazer a leitura que quiserem das cenas'. Até porque lhes está dar um presente especial, pois cada momento é feito à medida dos lugares e das pessoas. Único e irrepetível, portanto." [Sara Gomes, Público, 22 de Janeiro de 2004]

  • "A ideia do Vou A Tua Casa é, segundo o autor e intérprete, mais do que montar o palco na sala de estar do espectador, transportar o teatro para perto do público e longe das ruas agressivas da cidade. Sem texto definido, horários marcados ou locais fixos na casa para a acção decorrer, actor e espectador têm liberdade para percorrer as divisões, mexer nos objectos e contar uma história sobre a cidade e as casas." [Liliana Peixoto, Tal&Qual, 27 de Fevereiro de 2004]