quinta-feira, abril 13, 2006

lado c.

ACTA


Aos vinte e sete dias do mês de Junho do ano da graça de dois mil e cinco, reuniram Nelson Guerreiro, Luís Firmo e Rogério Nuno Costa, no café esplanada 1001, em Lisboa, para debaterem assuntos respeitantes ao projecto “LADO C” e suas intersecções quer com a Transforma AC, quer com o A8 LAB Festival (2005). O primeiro lance de cartas atirado à mesa por Rogério Nuno Costa tem qualquer coisa a ver com formas “primitivas” de acesso aos espectáculos (saltimbanquismo contemporâneo, portanto), mas também com uma qualquer face da mesmíssima moeda: formas primitivas de aceder + formas primitivas de me fazer chegar às pessoas; nas cidades pequenas, onde toda a gente se conhece, bate-se às portas e espera-se que a coisa se espalhe pelo mecanismo comunicacional mais fascinante que é o “boca-em-boca”. Alguns pombos correios e sinais de fumo depois, Nelson Guerreiro atira com o trinómio criação/crítica/observação para cima da mesa. Discussão. Pergunta: de que maneira podem os artistas contribuir para a potencialização do discurso crítico que sobre as suas obras se constrói, sem se intrometerem propriamente nesse papel? A mesma pergunta, por outras palavras: como se deixam os artistas observar? Passa de repente o autocarro vermelho Sight Seeing voando em direcção aos pontos turísticos do costume. Luís Firmo exclama: temos nome para o projecto! Ainda se fez a distinção entre um curador e um programador. Confesso que não percebi. Mas assino por baixo: