segunda-feira, setembro 12, 2005

fui.

TERCEIRO ESBOÇO
Auditório de Bolso do TUM

16 de Setembro de 2005



#3
Continua a ser uma performance pretérita, conjugada apenas para dizer que é mais importante o que acontece antes da performance acontecer do que a performance propriamente dita a acontecer no tempo em que é conjugada. Voltar ao Auditório de Bolso significa para mim voltar a revolver coisas pretéritas, umas mais perfeitas que outras. Há coisas por resolver. Vou enfiar a cabeça na boca do lobo, de uma vez por todas. Levar a tareia. Aprender a lição. Pagar as favas. Não comer os bolos. Fazer todas as penitências corporais. A pronto. Sem suaves prestações, perdões ou piedades. Sem fechar os olhos. Sem parar de respirar. Sem pausas expressivas. Sem amnistias internacionais. Julgados de paz. Abaixo-assinados. Pedidos de clemência do Presidente da República. Uma performance condenada. Uma performance morrida. Uma performance presentemente ausente. Uma performance definitivamente sem futuro.

Concebe, escreve, interpreta—Rogério Nuno Costa
Veste—Miguel Bonneville
Edita o Som—Rogério Nuno Costa
Opera o Som—João Pedro Costa
Opera a Luz—Bruno Correia
Fotografam—Patrícia da Silva [promo] & Erica Vieira [espectáculo]
Filma—Hugo Loureiro
Interpreta o tema original de 'FUI'—Patricia Paay
Produzem—Bruno Correia & Hugo Loureiro
Co-produz—Teatro Universitário do Minho