LADO B
Contra-estrutura
Uma matriz impossível para uma ideia impraticável de LADO B, poucos dias antes de ir para Torres Vedras:
IDEIA
Eu vou ter com as pessoas e elas vêm ter comigo. A acção é a mesma. Há-de chegar o dia em que nos encontramos.
TEMA
Amor. O amor.
CONCEITO
Limar as arestas todas a tudo o que já fiz. Viver a minha vida com as arestas bem limadas e arranjadas para com elas [arestas] sair à rua. Ir ter com elas [pessoas] é suficiente. Pensar que se é suficiente só porque se existe, se respira, se anda por aí. Pensar numa ideia de suficiência que abarque o espaço partilhado por duas pessoas muito próximas, proximamente ligadas por um cordão umbilical chamado “performance” [leia-se: partilha]. Ou seja, não há conceito nenhum.
SLOGAN
Mesmo que seja verdade, vais achar sempre que estou a representar.
PRINCIPAL ACÇÃO (1)
Apaixonar-me. Trata-se de uma acção pluridisciplinar, suficientemente grande para caber nos interstícios do “conceito” que não existe. Suficiente, lá está.
PRINCIPAL ACÇÃO (2)
Prolongar os momentos em que me apaixono, como se fosse possível estrangular o coração até ao cúmulo da sua elasticidade sentimental. O ar permanentemente a esvair-se. O sangue permanentemente na boca. O murro permanentemente no estômago. O arrepio permanentemente na pele. E por aí fora.
PRINCIPAL INSPIRAÇÃO
A minha vida em confronto directo com a vida de quem se interessa por mim. Ou seja, o amor. Outra vez.
PRINCIPAL REACÇÃO
Que as pessoas se apaixonem por mim.