quarta-feira, julho 06, 2005

projecto.


[...] excerto [...]



[...] em última instância, fazer prevalecer a assunção de que a arte moderna se apresenta ao homem, e pela primeira vez na história, como um problema. Descobrir o que é que um objecto “problemático” pode ter de “lúdico” é uma pesquisa-maior. Interessa-me. Eu não faço espectáculos isto ou aquilo. Não escolho temas. Os temas esgotaram-se todos. Estou farto do fazer o meu corpo habitar mundos pré-fabricados num qualquer momento anterior ao da sua existência, concreta e presente. O meu corpo presente é o único que me interessa. Um corpo “inquestionável”, logo “problemático”. Não acho nada que as “questões” que afectam os corpos (nomeadamente aqueles que se performam) tenham morrido todas nos anos 80, mas sei decerto que muita coisa tem morrido por aí. Se a história morreu, e eu com ela, então quero colocar o meu corpo num sítio que não tenha qualquer historicidade dependurada. Isto não é uma desistência post-performance-depressed. Isto é uma ideia de performance. A querer existir, presente e concretamente. Em última instância [...]