What to see, what to do, where to go. Dias de turismo. A guide with 336 colour illustrations. Frio. Garganta inflamada. Tube stations. Onde está o smog? Revistas gratuitas. Autocarros. The Space at the Triangle. A estreia dos Praga. Artistas. Paula Roush. No quarto com a Pati. No restaurante italiano comendo pizzas com trufas e saladas de rúcula com a Paula e o Marcello. Na Tate o Dion (what an inspiration!). Mais os Brasileiros no hotel. Mais o Português do hotel. A estação de Russell Square, onde saía e entrava 4 vezes por dia. Os ovos todas as manhãs, em substituição do almoço. Mais o porridge. E mais os sítios todos do costume. Os turistas e eu no meio. Eu perdido. Eu privilegiado por não ter que "montar o espectáculo". Eu com os textos traduzidos pelo Zé na cabeça. Eu com CD’s gravados para oferecer, uma síntese de adereços na mala, uma síntese de intencionalidades artísticas, de peça, de espectáculo, de performance, de ideia, uma síntese de mim dentro da mala emprestada pela Alaíde. Londres é demasiado grande; percebo de imediato que quase nada do que trouxe irá ser aproveitado, usado, utilizado, atravessado, construído, desconstruído. A Paula despacha-me as sínteses e as vontades para dentro de um esquema, sintético ele também: marcações, números de telefone, e-mails, moradas que não me dizem nada, nomes que aparentam ser tudo menos "ingleses" — Zeigam Azizov, Isa Suarez, Chris Weiss, Claudia Wegen, Lucia Farinatti... No verso, indicações de como chegar: linhas de metro, números de autocarros, direcções. Tudo isto é para mim mais fascinante que a sinopse que tenho na cabeça. Apercebo-me imediatamente que devo transformar o ‘Vou A Tua Casa’ em ‘Going To Your Place’, sem pena do que deixei para trás. As linhas mestras são as mesmas; em última instância, eu sou o mesmo, ainda que da minha boca saiam outro género de palavras. Sintéticas, todas, para dar maior luz ao corpo, um corpo que viajou, e que vai, de facto, embora, daí a 7 dias.
And now: Tuesday, November 2nd 2004, 12 am. I’m going to Kathleen & Rosemary Ellis’ house, gémeas septuagenárias, ainda hoje vestidas de igual, a beberem os chás nas horas certas rodeadas de gatos simpáticos numa casa parada nos anos 50. Este é o primeiro espectáculo, e representa um admirável mergulho de cabeça na admirável nova fase que se abre a este projecto. A Paula filmou tudo: é ela, na foto, batendo à porta número 3 do beco sem saída que é Butterfield Close.
And now: Tuesday, November 2nd 2004, 12 am. I’m going to Kathleen & Rosemary Ellis’ house, gémeas septuagenárias, ainda hoje vestidas de igual, a beberem os chás nas horas certas rodeadas de gatos simpáticos numa casa parada nos anos 50. Este é o primeiro espectáculo, e representa um admirável mergulho de cabeça na admirável nova fase que se abre a este projecto. A Paula filmou tudo: é ela, na foto, batendo à porta número 3 do beco sem saída que é Butterfield Close.