segunda-feira, janeiro 07, 2008

o espectáculo continua.

M
S
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[...] o amor é tão lindo; eu gosto tanto dele, do amor. E o amor também gosta muito de mim. [...] estás a mudar de casa? Depois de fazeres obras? You are crazy! Fico velho. [...] não concluí as obras... [...] um artista tem de ter sempre uma obra inacabada: obra embargada, vazio da história, obra inacabada... És belo! És um artista com A grande! [...] Love the concept! Hate the form! It's the same with Kosuth. [...] ninguém nos compreende... [...] Porquê? Porque somos muitos. Assim começa o Rizoma do Deleuze. [...] tudo é autobiográfico e nada é autobiográfico. [...] uma falsa questão. Eles não sabem nem sonham. Que nós comandamos a vida. Eles vão morrer. Sem saber um décimo. E eu odeio-os. E eles adoram-me. Porque eu uso gravata. E digo-lhes coisas belas. E sou simpático e agradável. E nada homofóbico nem racista. Mas eu desejo-lhes morte. Eu sou o Hitler. Eu sou a cadeira eléctrica. Eu sou o gás. [...] eu sei que não sei nada, mas eles sabem muito menos. Dá-me nervos. Põe-me franjas à anos 80. Assim a tocar nos olhitos e a provocar derrames. Principalmente no olho direito. Tu és completamente desprezado. E o teu trabalho é Goya. É Caspar David Friedrich. E eles não se apercebem disso. Eles destroem. Eles omitem. Eles fazem rasura histórica. Isto é gravíssimo. [...] é? [...] olha o teu apartamento inacabado. É puro Caspar. O declínio. O declive. O embargo. A ravina. A fuga bachiana. Está lá tudo. E eles a comprar sandálias de enfiar no dedo. À tua pala! Na Springfield... Filhos de uma ganda puta! Mas eles sabem quem eu sou? Mas eles acham que eu sou parvo? Como diria o Zé Mário: A., 28 anos, artista, com todos os dentes, filho da burguesia trabalhadora. Filhos da puta! Eu só quero é ser feliz... E que aqueles que me rodeiam no meu Zeitgeist, comigo sejam felizes! [...] vou gravar esta conversa e publicar quando for preciso. [...] não sei como se faz, mas tenho que o fazer. A história é assim. Querem atirar–me areia para os olhos... Eu não vivo ao pé da praia! Ainda não estou imune. [...] eu consegui, tu conseguirás. [...] mas eu não quero! [...] queres, queres! Vais e vens, como o César. Farto de tudo... [...] vou buscar Earl Grey. Aí já é 1 da manhã, certo? [...] 01:02. Depois envia-me esta conversa. [...] sim.